sexta-feira, 21 de abril de 2006

O behaviorismo é um niilismo?

Certas coisas não entram em minha cabeça. Um dia desses parei para pensar a respeito do behaviorismo. Segundo essa teoria, o comportamento dos indivíduos é não apenas observável, como também pode ser medido e controlado, mais ou menos como os fatos e eventos das ciências exatas. O homem é passivo ao ambiente, é bombardeado por estímulos e seu papel se resume a reagir a eles.

O que não entra em minha cabeça é: o homem está morto? Quero dizer, se todas as minhas ações são reações ao ambiente, então minhas ações não partem de mim? Dizer que eu me comporto de acordo com um estimulo é retirar de mim aquilo que me qualifica como pessoa, como individuo. O que dizer então a respeito do inconsciente? Ele não existe?

Sei não, mas acho que não é correto pensar que o homem é passivo diante do ambiente. Fazer isso é atribuir-lhe um status de reagente e anulá-lo enquanto criador em potencial; é acreditar que a existência humana é desprovida de qualquer sentido. O ambiente que vai selecionar a ação humana não foi produzido pela própria ação humana? (ou ao menos por meio da intervenção humana?) Não seria então o caso de uma troca? Um movimento da natureza, do qual o homem não está acima dela, mas é parte dela?

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