
"Arriscar-se é perder o equilíbrio por uns tempos, mas não se arriscar é perder-se a si mesmo para sempre." - Søren Aabye Kierkegaard
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Não estou lá

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
The Nightmare Before Christmas - O poema original

quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Reformat The Planet
BLIP FESTIVAL: REFORMAT THE PLANET trailer from 2 Player Productions on Vimeo.
É difícil imaginar a Nintendo pensando que pessoas poderiam “hackear” seus Gameboys para criar concertos musicais – concertos que seriam inspiração para um documentário e para um gênero musical totalmente novo.
Por uma semana, é possível assistir este filme no site Pitchfork.tv. Ele foi dividido em capítulos e ajustado para que o tempo de loading não seja muito demorado.
Se você cresceu jogando em Nintendo 8 bits ou Gameboy vai se ver batendo o pé ao ritmo da música ao longo de todo o filme. Isso sem falar daquele sentimento – um misto de nostalgia e alegria repentina – que é difícil de explicar, mas que faz brotar um sorriso no canto da boca e dizer: “Putz! Que filme bacana!”.
domingo, 15 de junho de 2008
O momento da criação poética
Bob Dylan em trecho do filme "No direction home", Martin Scorsese.
I'm looking for a place that will "collect, clip, bath," and return my dog, KN1-7727, cigarettes and tobacco. Animals and birds bought or sold on commission.
I want a dog that's gonna collect and clean my bath, return my cigarette and give tobacco to my animals and then give my birds a commission.
I'm looking for somebody to sell my dog, collect my clip, buy my animal, and straighten out my bird.
I'm looking for a place to bathe my bird, buy my dog, collect my clip, sell me cigarettes and commission my bath.
I'm looking for a place that's going to collect my commission, sell my dog, burn my bird, and sell me to the cigarette.
Going to bird my buy, collect my will, and bathe my commission.
I'm looking for a place that's going to animal my soul, knit my return, bathe my foot, and collect my dog. Commission me to sell my animals, to the bird to clip and buy my bath and return me back to the cigarettes.
Procuro um lugar que "arrume, corte o pêlo, dê banho" e devolva meu cachorro, KN1-7727. Cigarros e tabaco. "Vendemos e compramos pássaros em comissão."
Eu quero um cachorro que arrume e limpe meu banheiro e devolva meu cigarro dê tabaco aos meus animais e aí dê uma comissão aos meus pássaros.
Procuro alguém que venda meu cachorro corte meu cabelo, compre meu animal e enderece ao meu pássaro.
Procuro um lugar que dê banho no meu pássaro compre meu cachorro, corte meu cabelo me venda cigarros e dê comissão ao meu banho.
Procuro um lugar que recolha minha comissão, venda meu cachorro, queime meu pássaro e me venda ao cigarro.
Vou passarear minha compra, pegar meu desejo, e dar banho na minha comissão.
Procuro um lugar que animalize minha alma, enlace meu retorno, lave meu pé e arrume meu cachorro. Me dê uma comissão por vender meus animais, ao pássaro por cortar e comprar meu banho e me devolver aos cigarros.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Italian Spiderman

O filme foi produzido entre 1964 e 1968 pela Alrugo Entertainment, do italiano Alfonso Alrugo. O diretor Gianfranco Gatti e o astro Franco Franchetti - nomes mais famosos da produtora - acabaram afundando suas carreiras quando as distribuidoras consideraram o filme "inassistível".
A única cópia do filme estava perdida em um navio cargueiro que afundou em viagem para os EUA. Segundo os últimos desejos de Alfonso Alrugo, seus netos Vivaldi e Verdi fizeram uma expedição submarina que reencontrou os rolos. É esta versão, remasterizada, que chega agora à Internet.
Fantástico, né? Pois é tudo uma grande piada da Alrugo Entertainment - na verdade, uma produtora montada por estudantes de cinema australianos que se especializou em filmes deliciosamente trash parodiando as piores produções de ação e ficção científica dos anos 60.
Italian Spiderman foi criado como trabalho para a Flinders University, de Adelaide, Austrália. Mas claro que a história fictícia dos primeiros parágrafos - inventada pelos cineastas para dar mais "autoridade" à produção - é bem mais interessante.
Vale a pena conferir também os hilários trailers do filme - principalmente os que focam o frondoso bigode do protagonista.
Fonte: Omelete
sexta-feira, 14 de março de 2008
The Hire

Fincher, então, recrutou vários diretores de renome para conduzir os episódios e um ator britânico na época, pouco conhecido: Clive Owen (de "Mandando bala"). Entre os diretores estão: John Frankenheimer, Ang Lee, Guy Ritchie, Wong Kar-Wai, Joe Carnahan, Alejandro Gonzáles Iñarritu, Tony Scott e John Woo.
Em "Ambush", o diretor John Frankenheimer compensa a fotografia medíocre, a falta de imaginação e o humor rasteiro da trama com uma montagem extremamente ágil, ao narrar os apuros de um contrabandista de diamantes que contrata os serviços do Driver (o personagem central de todas as histórias, sempre interpretado por Owen) e que acaba salvo por ele de um ataque surpresa de bandidos encapuzados fortemente armados.
Em "Chosen", o diretor Ang Lee comprova o talento para criar coreografias vistosas e ousadas (o que já foi comprovado no filme "O tigre e o dragão"), só que desta vez com os carrões possantes da BMW! Na trama, o Driver vai até as docas encontrar um garoto vindo do Tibet, o "escolhido" do título, e vira alvo de mais uma perseguição de bandidos. A curiosidade fica por conta do modo divertido que Lee utiliza para revelar aquele que seria seu próximo filme, uma versão para a telona de um musculoso e esverdeado herói dos quadrinhos.
Guy Richtie, o diretor de "Jogos, trapaças e dois canos fumegantes", dirige sua moglie Madonna no episódio "Star". Encarnando a tirânica personagem do título, que depois de usar e abusar da irrepreensível polidez do Driver, acaba jogada de um lado para o outro no banco de trás de uma BMW, ao som de "Song 2", do Blur - um surpreendente, cômico e merecido castigo por sua arrogância. Sem dúvida, o melhor e mais bem humorado de todos os curtas, com planos mais inventivos, o melhor texto e os vôos e cavalos de pau mais arrojados de toda a série.
"Beat the Devil", dirigido por Tony Scott é o mais psicodélico de todos. Nesse episódio, o Driver ajuda James Brown a renegociar os termos de um contrato firmado entre o cantor e o diabo (Gary Oldman).
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Viagem a Darjeeling
Enquanto a maioria dos cineastas realiza filmes com uma ou duas cenas memoráveis, alguns diretores, como Anderson, parecem querer que cada cena seja um grande momento – uma combinação perfeita de música, imagem e atuação que encapsula uma certa emoção ou estado de ser.
Em "Viagem a Darjeeling" (The Darjeeling Limited), três irmãos embarcam numa viagem de trem pela Índia. Eles não se falavam desde o funeral do pai e cada um deles traz consigo um problema: Francis é suicida; Peter está com problemas no casamento; e Jack está se recuperando de uma desilusão amorosa. Ao longo da jornada, eles brigam, são expulsos do trem, procuram pela mãe, que os abandonou, e tentam encontrar purificação espiritual. Ao final do filme fica a sensação de que a verdadeira viagem era para aprender a apreciar os prazeres simples que vêm quando se deixa a vida acontecer, assim como no livro do Salinger.
O filme é sobre estar consciente dos perigos de ceder aos mais íntimos impulsos, de que mesmo num ambiente cuidadosamente construído as coisas podem desmoronar e, mais que isso, de que no fundo todas as certezas que se tem não passam de ilusão. O filme consegue transmitir um sentimento de família, não sei se no sentido estrito, mas na forma como seus membros possam interagir, o modo distinto de como as pessoas demonstram amor e preocupação e o desejo de manter essas conexões.
Em determinado ponto da narrativa, o trem em que as personagens estão se perde. A idéia de um trem que se perde dos trilhos é uma boa metáfora para a situação da família Whitman. Francis, o irmão mais velho, cujo rosto foi destruido numa tentativa de suicídio, se pergunta em que ponto da vida seu caminho e o de seus irmãos se distanciaram (uma vez que partiram dos mesmos trilhos...) e se algum dia eles seguirão na mesma direção.
O modo como Anderson filma as seqüências, permite que algumas cenas corram sem edição e que os três irmãos sejam enquadrados num mesmo quadro. A imagem reflete o espaço claustrofóbico do trem, mas também força os irmãos a ficaram próximos uns dos outros.
O filme tem uma bela fotografia e muito do humor vem do modo como as personagens interagem com o local exótico. Assim como nos outros filmes do diretor, a trilha sonora é composta por uma seleção bastante eclética, com músicas do The Kinks, Rolling Stones, Joe Dassin, Peter Sarstedt e várias faixas retiradas de filmes indianos. Fechando para balanço, na minha opinião, é o melhor filme de 2007.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Clatu, verata, nictu?
"Clatu, verata, nictu" (ou ainda, "Klatu, ferata, nictu", ou, como é mais próximo do original, "Klaatu, barada, nikto") é uma expressão que surgiu no filme de ficção cientítica da Guerra fria, "O dia em que a Terra parou" (The day the Earth stood still, 1951). A frase era usada para impedir que um robô, chamado Gort, destruísse a Terra: "Gort! Clatu, verata, nictu!".
Embora algumas pessoas acreditem que é uma expressão em latim, na verdade trata-se apenas de uma idiossincrasia. Tanto é assim, que não há uma tradução coerente, ao menos não que eu conheça.
"Clatu" é o nome do alienígena humanóide do filme. Em russo, a palavra "barada" (escrita "borodá"/"борода", mas pronunciada "baradá") significa barba e "nikto" (никто) significa "ninguém". Em resumo, fora do contexto do filme não quer dizer nada. Apesar disso, ao longo do tempo a expressão foi usada repetidamente na cultura popular.
Os membros da banda Creedence Clearwater Revival eram fãs do filme e durante sua turnê de 1969 inscreveram as palavras "Klaatu barada nikkto" em todos os seus equipamentos e intrumentos. O robô Gort faz uma minúscula aparição na capa do último álbum em estúdio deles (Mardi Gras).
No filme "Encontros imediatos do terceiro grau" (Close Encounters of the Third Kind, 1977) há uma tomada aérea de uma área subdividida em escritórios com várias pessoas tentando contactar alienígenas. Numa das paredes a frase aparece escrita num grande banner numa das paredes.
No filme "O retorno de Jedi", dois dos guardas de Jabba são chamados Klaatu (um membro da raça nikto) e Barada (um alienigena da espécie Klatooniana).
Por último, mas mais importante, no filme Noite alucinante 3 - O exército das trevas (Evil dead 3 - Army of darkness), o protagonista, Ash, precisa recitar a frase "Clatu, verata, nictu" para afastar o mal e recuperar o Necronomicon, o livro dos mortos. O herói, em sua infinita ignorância, se esquece das palavras e balburcia algo como "Clatu, verata... necktie?" e assim desperta uma horda de zumbis malígnos.
Aí, você me pergunta novamente, "e o que é que isso tem a ver isso com o porquê do título desse blog?" e mais uma vez e eu lhe repondo: nada! Na falta de um título melhor resolvi puxar pela memória e recitar as palavras esquecidas num dos meus filmes preferidos, talvez como uma forma de evitar que um exército de zumbis começase seu domínio da internet por este humilde diário eletrônico.
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
sábado, 28 de outubro de 2006
domingo, 7 de maio de 2006
Waking life

Você alguma vez já se questionou se a realidade tal qual a conhecemos é real mesmo? Se aquilo que concebemos como real é o que percebemos com nossos sentidos (visão, olfato, sons, etc) e não com nossa razão, então como podemos ter certeza de que o que percebemos é verdadeiro? Como saber se nossos sentidos não nos enganam? E mais ainda, há pessoas que dizem sonhar muito e outras que reclamam por não sonhar nada. Quer lembrem-se ou não dos sonhos que tiveram, já foi provado que todos os seres humanos sonham, e é aqui que está o ponto a que quero chegar: para o cérebro não faz diferença se é sonho ou realidade (o que explica por que nossas recordações das experiências que registramos dormindo são tão vivas). Mas se o que entendemos como realidade por sua vez for apenas uma convenção de nosso cérebro, então como diferenciar daquilo que é apreendido por nossos sentidos?
Assisti um filme hoje (o título é o mesmo desse texto) que me fez mais uma vez questionar a veracidade daquilo que considero realidade. Na trama, após não conseguir acordar de um sonho, um rapaz passa a encontrar pessoas da vida real em seu mundo imaginário. Uma das questões levantadas pelo filme é: estamos feito sonâmbulos quando estamos acordados ou será que estamos conscientes enquanto sonhamos? Quando paro para pensar a respeito, desconfio, por exemplo, que talvez os loucos sejam os únicos que, por terem perdido essa noção da linha tênue que separa a realidade da ilusão (ou não-realidade), descobriram a falha na matrix e enxergam as coisas como elas realmente são. Na falta de explicação melhor, fico com as palavras do mestre Poe: “O que vejo, o que sou e suponho será apenas um sonho num sonho?”.
sábado, 29 de abril de 2006
Noite Alucinante

O héroi, o primeiro e único Ash (Bruce Campbell)
No primeiro filme, um grupo de amigos vai a uma cabana isolada na floresta. Lá eles ouvem uma fita em que um arqueólogo recita passagens do Livro dos Mortos. A evocação traz da floresta as forças do mal e a noite se transforma numa luta sanguinária pela sobrevivência.

O livro dos Mortos, o infernalmente famoso Necronomicon Ex-Mortis
Os cinco minutos iniciais de Uma Noite Alucinante (Evil Dead II – Dead by dawn, 1987) resumem perfeitamente o primeiro filme, de tal forma que nem é preciso assisti-lo para entender essa continuação. Ash (o protagonista da história) e sua namorada, Linda, são atacados por espíritos que eles invocam quando tocam uma fita de audio gravada por um arqueólogo (na qual ele lê vários trechos do Livro dos Mortos). Como é de costume com todas as gravações arqueológicas, ela invoca forças demoníacas sedentas por destruição.

O herói, numa 'discusão amistosa' com sua namorada possuída,
ou melhor, com a cabeça possuída de sua namorada...
Numa cena clássica, a namorada de Ash é possuída e ele é forçado a decapitá-la e enterrá-la na floresta. O mais bacana é que ela ressurge (podre como se estivesse morta há décadas) e logo se reúne com sua estimada cabeça. Ash, que é um namorado carinhoso, prende a cabeça dela numa prensa e a estraçalha com uma serra elétrica, numa sequência de pura poesia em movimento.
Linda, logo após recuperar sua cabeça...
Nesse filme ainda há outras cenas memoráveis, como a mão possuída que se revolta contra seu dono, a “dança” de Linda e quando todos os objetos da sala ficam rindo de Ash. Quem está acostumado com os efeitos especiais de hoje poderá estranhar os do filme e achar tudo muito mal feito. E o pior é que eles são mal-feitos! Mesmo para o padrão da época em que os filmes foram lançados. Entretanto, o efeito é reverso pois as situações tornam-se mais engraçadas e o resultado é único no gênero, muito melhor, por exemplo, do que os recentes filmes de tortura, tipo Jogos Mortais e O Albergue.

O herói, após ser possuído e um pouco antes de perder a mão
O terceiro filme, Noite Alucinante III - O Exército das Trevas (Army of Darkness, 1993), comeca com Ash contando a sua inacreditável história (Noite Aluncinante II). Ele é enviado para a Idade Média, onde é capturado e levado como prisioneiro por um rei. Ash e um outro prisioneiro são jogados num poço cheio de demônios. O primeiro prisioneiro dura poucos segundos antes que seu sangue seja espirrado por todo lugar. Ash é o próximo, mas ele acaba com o demônio e sai do poço. Esse ato heróico dá a Ash algum respeito, daí ele sai em busca do Livro dos Mortos, a única forma de voltar para casa.

Ash, homem, matador de demônios, mito.
Ele o encontra, e para poder retornar à nossa época e afastar de vez a ameaça do Exército da Escuridão precisa recitar uma frase mágica ("clatu, verata, nictu", por coincidência o título desse blog, saiba mais clicando aqui). Em sua infinita ignorância, Ash recita as palavras erradas e invoca o tal Exército da Escuridão, e isso é só o início da diversão.

Capa do dvd do terceiro filme (que, infelizmente,
ainda não foi lançado nesse formato aqui no Brasil)
Os três filmes são imperdíveis e o diretor Sam Raimi, levou muita coisa da série Noite Alucinante para os dois filmes do Homem Aranha (como por exemplo, os movimentos alucinados de câmera junto ao herói). Recentemente, vários sites espalharam uma notícia sobre um quarto filme da série estar em produção, mas até o momento nada foi confirmado. Espero ter contribuído para a elevação cultural da sociedade com esta mini-resenha. Uma dica para o final de semana é procurar por qualquer um desses filmes na locadora mais próxima de sua casa, juntar uma galera bem medrosa, encher um baldão de pipoca e assistir.
É satisfação garantida ou o arrependimento de volta.
terça-feira, 23 de novembro de 2004
Como encontrar um filme ruim
Veja bem, aproveitar o final de semana prolongado para passar na Video-locadora e pegar um filme para assistir tornou-se uma atividade enfadonha - há muitos filmes para escolher, e isso pode desmotivar qualquer um. Por isso, segue, logo abaixo, um guia de referência rápida para ajudá-lo(a) a separar o joio do trigo. Seguindo estes passos você será capaz encontrar aquele filme que provocará um ataque cardíaco em quem ousar assistir. Ou seja, apenas os the very bost da cinematografia mundial.
O Título
Tem apenas uma palavra 1/2 ponto(s)
Eu acho que inventaram essa palavra... 2 ponto(s)
Tem seis ou mais palavras 5 ponto(s)
Caramba! De oito à doze palavras! 10 ponto(s)
Calma aí, to contando... putz, mais de doze palavras Você tem certeza que é o título?
Ainda sobre o Título
Contém a palavra Morto ou Monstro 1 ponto(s)
Contém a palavra Ser, Criatura, Morte ou Invasão 2 ponto(s)
Contém a palavra Kung fu, Massacre, ou Demônio 3 ponto(s)
Contém a palavra Espaço-sideral, Alien(ígena), Sangue, ou Zumbi 5 ponto(s)
A Capa ou o Poster:
Tem um jeitão imbecil 1 ponto(s)
É um desenho ou uma pintura 1 ponto(s)
...um holograma! 2 ponto(s)
Parece que foi desenhada com um marcador pelo seu sobrinho... 3 ponto(s)
A Parte de Trás (o verso do estojo da fita VHS ou do DVD):
Tem algumas fotos, nada muito alarmante 0 ponto(s)
Tem algumas fotos, algumas possuem algum (d)efeito especial ou apenas uma garota gritando para a camera 1 ponto(s)
Não há nenhuma cena do filme! 2 ponto(s)
Tem um desenho que parece ter sido feito com um marcador pelo seu sobrinho... 3 ponto(s)
A Sinopse
Inclui mais adjetivos do que substantivos ou verbos
1 ponto(s)
Inclui mais adjetivos do que substantivos ou verbos e você percebe o seguinte: "de gelar a espinha", "assustador", "criatura_comedora_de_carne_humana", "imparável"!, etc. 2 ponto(s)
"Baseado na obra de..." 3 ponto(s)
Faz uma comparação com outro filme 4 ponto(s)
Não há sinopse. Mas, tem um desenho que parece ter sido feito com um marcador pelo seu sobrinho... 5 ponto(s)
Exemplo:
"Quatro vezes mais rápido do que o som, o pássaro, maior do que um caça supersônico, é protegido por um radar invisível que também é um campo de força capaz de repelir qualquer tipo de projéteis destrutivos". (O Monstro da Garra Gigante)
O Enredo contém
Robôs, androides, ou computadores 1 ponto(s)
Um monstro de qualquer tipo 2 ponto(s)
Mortos-vivos 3 ponto(s)
Um ser criado por radiação, lixo tóxico ou algum experimento científico 4 ponto(s)
Cara, eu não encontrei enredo nenhum, só correria, bába e monstros tentando me assustar. Mas, na capa tinha um desenho que parece ter sido feito com um marcador pelo seu sobrinho... 5 ponto(s)
Exemplo:
"O Ser, uma aberração genética que se torna psicótica após ser bombardeada por lixo radioativo, passa a mutilar e decapitar todos que cruzam seu caminho". Sinopse, real, do filme O Ser (The being, 1983 - Bad Dream Inc).
Os Atores Principais
São famosos agora, mas estavam no começo da carreira quando fizeram esse filme 1 ponto
Eram profissionais de Luta livre ou atletas profissionais 3 ponto(s)
Não cometeram nenhum filme depois deste 4 ponto(s)
Esse é o único filme em que eles aparecem 5 ponto(s)
A Xuxa aparece nele Coloque o filme no chão. Enxarque-o com álcool e pegue um isqueiro. Toque fogo. Saia correndo como se sua vida dependesse disso, e, em hipótese alguma, olhe para trás.
O Diretor ou O Produtor
Fez um filme 0 ponto(s)
Peter Jackson ou Sam Raimi 1 ponto(s)
Roger Corman 10 ponto(s)
Ed Wood 60 ponto(s)
Confira aqui a pontuação:
Até 07 pontos
Putz, torrei duas horas de minha vida!!!
De 08 a 25 pontos
Caramba, esse filme é ruim até mesmo para mim
De 25 a 39 pontos
O desejo de todo filme ruim é ser assim quando crescer...
Acima de 40 pontos
Esse é o FILME. Le Merd. Material capaz de provocar infarto do miocárdio e morte cerebral em quem estiver num raio de dez metros de proximidade da tela da TV (e, se você prestar atenção, na capa tem um desenho que parece ter sido feito com um marcador pelo seu sobrinho...)
Boa sorte,
Marcos Lima
segunda-feira, 25 de outubro de 2004
Plano 9 do espaço sideral
O filme Blade Runner - O Caçador de Andróides, do diretor britânico Ridley Scott, foi eleito o melhor filme de ficção científica de todos os tempos por 60 dos mais importantes cientistas do mundo, consultados pelo jornal britânico The Guardian. O filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, ficou em segundo lugar, seguido de Guerra nas Estrelas e O Império Contra-Ataca, os dois primeiros episódios da primeira trilogia de Star Wars, dirigidos por George Lucas. Alien, O Exterminador e Matrix também estão entre os dez melhores filmes escolhidos pelos especialistas.
Eu concordo que todos esses são excelentes filmes, porém, acredito que o segundo lugar merecia ter ficado com O PLANO 9 DO ESPAÇO SIDERAL. Embora muitos digam que se trata do pior filme já realizado por um ser humano (como se outros seres também fizessem filme...), não há como negar que o Plano 9 é uma obra-prima, e que há bastante coerência nos fatos narrados durante o filme. Sei lá, vai que numa noite qualquer você está andando na rua e pá! bem na sua frente aparecem os Saqueadores-de-tumba-do-espaço-sideral! Quem assistiu ao filme sabe o que fazer numa situação dessas...
De qualquer forma, decidi colocar, logo abaixo, alguns dados interessantes a respeito deste que é, pelo menos para mim, um marco da ficção científica, e que foi injustamente esquecido na votação feita pelos cientistas.
Até a próxima,
Marcos
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Plano 9 do Espaço Sideral

- Plano 9 do Espaço Sideral é conhecido mundialmente como o pior filme já feito na história do cinema.
- O título original do filme era Grave Robbers from Outer Space (ou, “Ladrões de Túmulos do Espaço Sideral”). No entanto, os pastores batistas que financiaram o filme reclamaram do nome. Ed Wood, então, alterou-o para Plan 9 from Outer Space (sem sequer explicar quais eram os oito planos anteriores).
- Aliás, o título orignal foi filmado e apareceu em uma das primeiras versões do filme. Depois que ficou decidido que ele seria alterado, o novo título foi filmado e aplicado sobre uma tomada de efeitos especiais, mostrando uma estação espacial alienígena. A tomada com o título original foi simplesmente cortada, para que o novo título fosse inserido no negativo. Somente a introdução em que Criswell apresenta o filme como Grave Robbers From Outer Space não foi alterada.
- Quando Gregory Walcott leu o roteiro, disse ao diretor Edward D. Wood Jr. que aquele era o pior script que ele já havia lido. Mesmo relutante, o ator assinou com a produção. Ele interpreta o protagonista Jeff Trent.
- Como os salários do elenco do filme foram pagos por uma igreja Batista, todos os atores tiveram que passar por um ritual de batismo.
- Os discos voadores sobrevoam os prédios das redes de televisão ABC, CBS e NBC, em Los Angeles.
- A produção era tão precária que os carros e uniformes de polícia foram emprestados pelo filho de Tor Johnson, Karl, que trabalhava no departamento de polícia de San Fernando.
- Bela Lugosi morreu quatro dias depois que as filmagens começaram. Wood parou a produção para reescrever o roteiro e acrescentar todas as imagens que ele havia filmado com o ator, incluindo cenas em um cemitério e do lado de fora da casa de Tor Johnson.

- No restante das filmagens, o papel de Lugosi foi interpretado por Tom Mason, quiroprata da esposa de Wood, que era tão alto quanto o ator. Ele interpretou o personagem usando uma capa que cobria sua face. Mason não foi creditado, obviamente.
- Em uma das versões do filme lançadas em vídeo, uma nota na capa diz: “Quase estrelando Bela Lugosi”, em razão da morte do ator.
- Nos créditos do filme, o personagem de Bela Lugosi é creditado como “The Ghoul Man”. Já no roteiro de Wood, ele era referenciado como “The Dracula Character”.
- A cicatriz usada por Tor Johnson tinha que ser tirada todos os dias, pois causava sérias irritações na pele do ator.
- Bela Lugosi usou seu próprio figurino nas cenas de que participou. Ele vestiu uma das capas que usava quando interpretava Drácula no teatro.
- Uma das mais conhecidas lendas a respeito da produção de Plano 9 do Espaço Sideral é que Wood usou vários objetos (como calotas de automóveis, formas de pizza, latas de torta e pratos de papel) para representar os discos voadores. Na verdade, o diretor utilizou discos voadores de brinquedo nas cenas em que as espaçonaves aparecem.- As filmagens foram realizadas no final de 1956, mas somente três anos depois um distribuidor foi encontrado para exibir a produção nos cinemas. O lançamento foi realizado pela Distributors Corporation of America, em 1959. Atualmente, os direitos de distribuição pertencem a Image Entertainment, que relançou o filme em DVD em fevereiro de 2000, numa edição especial contendo documentário e entrevistas com atores que trabalharam no filme (incluindo Gregory Walcott e Vampira).


À espera dos bárbaros
Constantino Kaváfis (1863-1933) O que esperamos na ágora reunidos? É que os bárbaros chegam hoje. Por que tanta apatia no senado? Os s...
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Luís Fernando Veríssimo Eu queria, senhora, ser o seu armário e guardar os seus tesouros como um corsário Que coisa louca: ser seu guarda-ro...
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Carlos Drummond de Andrade Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cusp...